Morreu o cantor, apresentador e ator Agnaldo Rayol, aos 86 anos, nesta madrugada de segunda-feira (4). O artista sofreu um acidente no banheiro de seu apartamento, em São Paulo, ele estava acompanhado de um cuidador. Nesse ano, também um acidente doméstico tirou a vida de outro cantor: Nahim.
Com um corte na cabeça, Rayol estava lúcido quando o socorro foi chamado, porém, segundo sua assessoria de imprensa houve uma demora na chegada da ambulância. O artista acabou encaminhado ao Hospital HSanp, em Santana, onde não resistiu, de acordo com a CNN Brasil.
"Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs", disse a assessoria de nota oficial. Por ora não há informações a respeito de velório e sepultamento de Rayol, que chegou a perder um filho na adolescência.
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Nascido no Rio de Janeiro em 3 de maio de 1938, Agnaldo Coniglio Rayol atuou em novelas como "As Pupilas do Senhor Reitor", em 1970, na Record, "Dulcinéia Vai à Guerra", em 1980, e "Os Imigrantes", em 1981, ambas na Band. Também participou dos especiais no SBT "Romeu & Julieta" (1990 e 2023), protagonizadas por Hebe Camargo (1929-2012) e Ronald Golias (1929-2005).
Na CNT, Rayol apresentou o "Noite de Gala", nos anos 1980, mas a experiência de apresentador havia se iniciado nos anos 1960 na extinta TV Continental. Depois, teve seus programas na Record (como "Agnaldo Rayol Show"), Cultura ("Festa Baile") e Tupi ("Domingo é Dia de Show"). Nessa emissora, integrou o elenco da última novela do canal, "Como Salvar Meu Casamento".
Também fez filmes, principalmente parcerias com o humorista Mazzaropi (1912-1981). Entre eles, "Zé do Periquito" e "Tristeza do Jeca". Mas foi na música que Rayol teve um destaque maior. Aos cinco anos, ingressou na carreira pela Rádio Nacional, expoente da época. No final da década de 1950 voltou a cantar após uma pausa provocada pela mudança na voz pela chegada da adolescência.
Intérprete de uma versão aclamada de "Ave Maria", Rayol passou a cantar músicas italianas a partir dos anos 1990, sem se afastar do repertório romântico. Assim, foi ouvido na trilha sonora da novela "O Rei do Gado" (com "Mia Gioconda") e na abertura de "Terra Nostra" ("Tormento d'Amore").
Do primeiro disco, em 1958, até o último, em 2013, foram cerca de 60 álbuns. Neles estão gravações como "Em Nome do Amor", "Fascinação", "As Rosas não Falam" e "O Amor é Tudo". Em 2008, comemorou 50 anos de carreira gravando um DVD e recebendo nomes como Fafá de Belém.